Forum dos Grandes Contribuintes
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo
Núncio, anunciou a criação de um Fórum dos Grandes Contribuintes até Março, com
o objectivo de reduzir os custos de contexto e simplificar o cumprimento das
obrigações legais.
"Será criado o Fórum dos Grandes Contribuintes até
ao final do primeiro trimestre de 2014", afirmou o governante, que falava
numa conferência, em Lisboa, organizada pela Associação Fiscal Portuguesa,
adiantando que o órgão vai ser presidido por si próprio.
Com este fórum, o Governo pretende "aprofundar o
relacionamento entre a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e os grandes
contribuintes com base nos princípios de proximidade, transparência e confiança
mútua", bem como "reduzir os custos de contexto, aumentar certeza
jurídica nas transacções e aprovar códigos de boas práticas".
Questionado sobre qual a diferença entre a unidade de
grandes contribuintes - que já integra na AT - e este novo fórum, Paulo Núncio
explicou que "a unidade dos grandes contribuintes é um departamento dentro
da AT e o fórum vai ser um espaço que reunirá duas, três ou quatro vezes por
ano e que permitirá troca de impressões e troca de informações e um contacto
directo entre a AT e os grandes contribuintes".
De acordo com Paulo Núncio, esta "não é matéria
nova", uma vez que é uma prática existente em alguns países da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), como o Reino Unido ou
Espanha.
"O Fórum pretende ser um canal privilegiado em que
terão representação quer os dirigentes da AT quer os representantes das grandes
empresas, de forma a que seja possível encontrar plataformas de relacionamento
entre a AT e os contribuintes", afirmou o secretário de Estado.
Na mesma conferência, Paulo Núncio avançou ainda os números
da reforma da facturação, ocorrida em 2013, ano em que foram "emitidas e
comunicadas à AT mais de 4,2 mil milhões de facturas de todos os sectores de
actividade e [em] que mais de 600 mil agentes económicos emitiram e comunicaram
as facturas".
Esta reforma teve um "impacto expressivo" na
arrecadação da receita com IVA (Imposto de Valor Acrescentado), imposto em que
foram registadas taxas de variação homóloga entre os 15% e os 20% nos sectores
em que a indicação do número de contribuinte na factura confere um benefício
fiscal.
Depois de em 2013, mais de 2,6 milhões de contribuintes
terem indicado o seu número de contribuinte nas facturas, o Governo estima que
este número ultrapasse os quatro milhões em 2014, de acordo com o governante.
FONTE: Agencia Lusa/SOL
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